Yes, Gêmeos!
Somos uma família nova, Midian + Leandro = Isaac e Cássia De tanto ouvir a pergunta "São gêmeos?" e responder "Sim, Gêmeos", decidi nomear o blog que vai contar nossa história como Yes, Gêmeos. Além de nossas aventuras pelo mundo, vamos compartilhar muita coisa legal sobre o universo infantil, das mamães e dos papais. Vem com a gente!
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
Apresentações
Tudo começou com um encontro casual entre nós num barzinho em São Leopoldo.
Os olhares se cruzaram. Mais de uma vez.
Eu tinha acabado de me separar de uma segunda tentativa de relacionamento, ele, solteiro convicto há algum tempo.
Ficamos só nos olhares. Achei que ele fosse muito jovem pra mim, não quis deixar rolar.
Depois de alguns dias, um novo encontro. Dessa vez, num ambiente de azaração. Resolvi perguntar de quem se tratava, pra uma amiga em comum. Ela falou bem, deixou boa impressão, resolvi deixar rolar.
Ele se aproximou, conversamos até altas horas, no final da noite me levou até o carro e me deu um beijo no rosto, até breve!
Achei fofo.
Trocamos números de celulares, chegando em casa, a primeira mensagem: "adorei te conhecer, tu és muito querida!"
Retornei: "eu também, mas faltou uma coisa..."
Aí veio: "onde tu tá? podemos resolver isso..."
Percebi tempos depois que ele tava com vergonha de me beijar em público, perdoei.
Mas o novo encontro foi só mais alguns dias depois. E aí foi que rolou a profecia bombástica que iria mudar pra sempre nossas vidas.
Nos beijamos e eu disse: "vou casar contigo e vamos ter dois filhos"
Ele me olhou e sorriu. Sem sustos.
Hoje estamos aqui, nós quatro.
Primeiro capítulo. Segue.
domingo, 1 de março de 2015
Chegou a hora!!
Mudança de planos, emergencialmente.
Esperávamos que chegaríamos até a 37ª semana, mas por causa de uma alteração grande nos meus exames tivemos que antecipar tudo.
Comecei a sentir uma conceira nos pés, e essa coceira foi se alastrando pelo corpo e aumentando a intensidade a té tornar-se insuportável. Resultado: Colestase Hepática.
Como havia risco para os bebês, a doutora decidiu interromper a gravidez na 35ª semana.
Dia 24 de Fevereiro de 2015 nasceram, Isaac e Cássia, G1 e G2, respectivamente.
Foi assim: eu havia tido consulta na sexta-feira anterior, feito exame de toque, estava tudo bem, um pouco de coceira, mas tolerável.
No final de semana, muito inchada pelo calor, a coceira foi aumentando. No domingo eu ja não suportava, tomava banhos gelados e tentava de tudo, mas nada adiantava. Comecei a ficar com partes do corpo em carne viva, de tanto coçar com uma escova de cabelo de cerdas bem duras.
Liguei pra doutora, ela me pediu que fosse no plantão pela manhã de segunda, mas como eu tinha marcado horário na endocrinologista pela manhã, fui somente à tarde.
Deixei tudo arrumado em casa, louça lavada, quartos arrumados, malas arrumadas, minha e dos bebês. Tratei a cachorra, deixei bastante água e comida.
Cheguei no Hospital Regina para avaliação e exames às 15h. Deixei meu carro estacionado na rua, umas 3 quadras do hospital e fui caminhando com aquele baita barrigão, pés inchados, coceira generalizada.
Chegando lá, já coletaram os exames e fiquei na sala de espera do Centro Obstétrico esperando. Mediram a pressão, tava bem.
Às 19h Dra Simone me avisa que de lá só saio com os bebês e que devo ficar desde já.
Foi ela falar, minha pressão subiu, e aí fiz pré eclâmpsia.
Internação já, medicação para colestase já.
Avisei meus pais, que vinham de longe. Avisei o marido no outro lado do mundo.
Tensão.
Às 6h00 da manhã a doutora me avisa que será ao meio dia e meia o procedimento.
Meus pais chegaram, minha mãe assistiu o parto. Os dois nasceram com 1 minuto de diferença.
Tão pequeninos, ficaram na UTI Neonatal por 4 dias. Pareciam dois ratinhos, as roupas todas enormes, eu não tinha roupas tão pequenas. Mas eram tão lindos, tão amados, tão desejados.
Quando os vi pela primeira vez, parecia que estava num sonho, num filme, não havia entendido muito bem a situação.
Graças à Deus, apesar de prematuros, vieram com saúde, muita saúde. O problema era pegar mais peso. Isaac nasceu com 2.180 kg e Cássia com 1.970 kg
Esperávamos que chegaríamos até a 37ª semana, mas por causa de uma alteração grande nos meus exames tivemos que antecipar tudo.
Comecei a sentir uma conceira nos pés, e essa coceira foi se alastrando pelo corpo e aumentando a intensidade a té tornar-se insuportável. Resultado: Colestase Hepática.
Como havia risco para os bebês, a doutora decidiu interromper a gravidez na 35ª semana.
Dia 24 de Fevereiro de 2015 nasceram, Isaac e Cássia, G1 e G2, respectivamente.
Foi assim: eu havia tido consulta na sexta-feira anterior, feito exame de toque, estava tudo bem, um pouco de coceira, mas tolerável.
No final de semana, muito inchada pelo calor, a coceira foi aumentando. No domingo eu ja não suportava, tomava banhos gelados e tentava de tudo, mas nada adiantava. Comecei a ficar com partes do corpo em carne viva, de tanto coçar com uma escova de cabelo de cerdas bem duras.
Liguei pra doutora, ela me pediu que fosse no plantão pela manhã de segunda, mas como eu tinha marcado horário na endocrinologista pela manhã, fui somente à tarde.
Deixei tudo arrumado em casa, louça lavada, quartos arrumados, malas arrumadas, minha e dos bebês. Tratei a cachorra, deixei bastante água e comida.
Cheguei no Hospital Regina para avaliação e exames às 15h. Deixei meu carro estacionado na rua, umas 3 quadras do hospital e fui caminhando com aquele baita barrigão, pés inchados, coceira generalizada.
Chegando lá, já coletaram os exames e fiquei na sala de espera do Centro Obstétrico esperando. Mediram a pressão, tava bem.
Às 19h Dra Simone me avisa que de lá só saio com os bebês e que devo ficar desde já.
Foi ela falar, minha pressão subiu, e aí fiz pré eclâmpsia.
Internação já, medicação para colestase já.
Avisei meus pais, que vinham de longe. Avisei o marido no outro lado do mundo.
Tensão.
Às 6h00 da manhã a doutora me avisa que será ao meio dia e meia o procedimento.
Meus pais chegaram, minha mãe assistiu o parto. Os dois nasceram com 1 minuto de diferença.
Tão pequeninos, ficaram na UTI Neonatal por 4 dias. Pareciam dois ratinhos, as roupas todas enormes, eu não tinha roupas tão pequenas. Mas eram tão lindos, tão amados, tão desejados.
Quando os vi pela primeira vez, parecia que estava num sonho, num filme, não havia entendido muito bem a situação.
Graças à Deus, apesar de prematuros, vieram com saúde, muita saúde. O problema era pegar mais peso. Isaac nasceu com 2.180 kg e Cássia com 1.970 kg
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Resumo do Terceiro Semestre
Assim que chegamos no terceiro trimestre, alguns percalços
aconteceram, fazendo com que a necessidade de cuidados especiais viesse de
repente.
Primeiro, o papai Leandro partiu rumo aos Emirados Árabes,
país onde a família deverá se fixar, tão logo os babies estejam fortes e aptos a
viajar.
Eu fiquei muito abalada, foi muito difícil pensar que, depois
de tudo que passamos e sonhamos juntos, ele não teria a oportunidade de
participar dos momentos finais da gestação, acompanhar o nascimento dos nossos
filhos, cuidar de mim e me ajudar nesse final de ciclo. Mas já era esperado que
isso acontecesse, sabíamos que iria ser assim e nos mantivemos fortes. Pelo
menos pudemos passar o Natal juntos, em família.
A melhor decisão naquele momento foi ir para a casa de meus
pais, na Praia do Rosa, para que eu pudesse descansar e não ficar em casa
sozinha, só com as lembranças do marido. Não me queixo, de forma alguma, tudo
estava sendo controlado e monitorado por Deus, que abriu essa porta para nossa
família.
Diabetes gestacional
Depois, um exame de sangue apontou que a mamãe do Isaac e da
Cássia estava desenvolvendo diabetes gestacional. Foi um susto! Tivemos que retirar da dieta
todo o açúcar, toda a farinha branca, os suquinhos de frutas que eu tanto gosto
e estava tomando sem medidas, e introduzir arroz integral na alimentação. Como
essa constatação veio no período das festas de Natal e Ano Novo, foi difícil
conseguir um endocrinologista para analisar os exames.
Assim que refizemos os exames, já na metade de janeiro,
constatamos que só a nova dieta fez com que as coisas voltassem ao normal.
Inchaço
Na 28ª semana, recebi injeções de corticóides, que servem
para amadurecer os pulmõezinhos dos bebês, para que em caso de parto prematuro,
eles consigam respirar serenos.
Só que isso fez com que meus pés quase explodissem de tão
inchados, pois como sabemos, a cortizona provoca retenção de líquidos. Ainda
bem que tive algumas amigas solidárias que vieram aqui em casa massageá-los pra
tentar aliviar meu sofrimento.
Tive que aumentar também as minhas drenagens linfáticas para
três vezes por semana, para ajudar nesse período.
Dificuldades
Cada dia mais pesada, mais difícil de caminhar, subir
escadas, dirigir, mas muito feliz. Os bebês estão mexendo muito, muito mesmo!
Tem noites em que eles demoram a relaxar e deixar a mamãe dormir. Tudo depende
do jeito que eu me deito. Se for do lado direito, menos reclamações. Dona
Cássia fica por cima e o mano Isaac aguenta o tranco. Mas, se deito do lado
esquerdo, que é o correto de dormir por causa da circulação, a menininha chuta
muito, acho que fica muito incomodada, demora para se acostumar.
Fico pensando em como deve ser apertadinho lá dentro para os
dois. Meus amores, encolhidinhos, sem espaço. Mas, como me disseram, a natureza
cuida.
Tive que “segurar a onda” na hidroginástica, pois não to
conseguindo me locomover muito bem. Por isso tenho evitado as saídas de casa.
Sozinha, agora tenho que descer com minha cachorrinha para passear e isso já é
difícil, pois o cansaço é enorme para subir as escadas na volta.
Falando nela, a Pitytinha tem sido a minha companheira e
fiel guardiã desde que o Leandro embarcou. Está sempre colada em mim, sempre me
dando carinho.
Procuro, desde já, envolver ela em tudo que diz respeito aos
bebês, dando as roupinhas pra ela cheirar, deixando-a entrar no quarto,
conhecendo o ambiente que, em breve, meus filhos vão habitar.
Agora estou já na 34ª semana, os bebês pesando pouco menos
de dois quilos, temos uma expectativa de que daqui a duas semanas poderemos
realizar a cesárea e trazê-os ao mundo.
A decisão pelo parto cesariano foi em função do útero
anteverso, que não compreendo muito bem, mas pelo que entendi ele é virado para
trás, o que dificultaria muito um parto normal.
Estou com quase tudo pronto, mala da maternidade, o
quartinho que ficou fofo, tudo se encaminhando para a chegada dos nossos
desejados.
Ganhamos tantos presentes, roupinhas lindas, acessórios
úteis, produtos de higiene e fraldas, muitas fraldas. Um estoque imenso, pois
sabemos que é tudo em dose dupla, inclusive os xixis e os cocos.
A partir dessa semana, as visitas à Dra. Simone são semanais,
e também já tive o primeiro contato com a pediatra que vai acompanhar essa
turminha, a Dra. Juliana Lehnen, que me deixou muito tranquila, tirando as dúvidas que
eu tinha em relação à amamentação, ao parto em si, aos banhos, aos primeiros
cuidados ainda na maternidade.
Agora começa o período de maior ansiedade para mim, já estou
sentindo isso tudo aqui dentro do peito, com certo aperto de vez em quando e os
nervos à flor da pele, que acarretam em lágrimas desgovernadas e muitas vezes
incompreensíveis até por mim mesma. As saudades do Leandro ficam cada dia mais
fortes, embora nos falemos todos os dias pelas redes sociais, sinto muita falta
do colo e da ajuda que ele me dava.
Caminhar e dirigir estão se tornando tarefas bem mais
complexas agora. Hoje, eu caminho cinco minutos e o cansaço toma conta de um
jeito inexplicável, me sinto como se tivesse acabado de correr uma maratona.
Estava difícil de escrever nos últimos tempos, pois não
havia uma posição confortável para ficar, com o enorme barrigão, que só agora
deu uma subida, me permitindo usar o computador.
Agora é só continuar me cuidando, e esperando as próximas
duas semanas para ter nossos bebês em meus braços, saudáveis, cheios de vida,
enchendo nossa família de alegria.
Papai vai acompanhar a movimentação pela internet e tão logo
possa, ele virá nos ver e conhecer os bebês mais desejados do mundo.
Conto com a torcida de vocês, caros leitores, e o controle
do Pai Maior, que é o responsável por todo esse milagre em nossas vidas.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Reta Final
Os últimos dois meses de nossas vidas foram de grandes
transformações e muitas expectativas para esta mamãe de primeira viagem. Estou
de licença médica desde o dia 10 de dezembro, o que foi imprescindível e
providencial para a tranquilidade da gestação, já que estava muito complicada a
ida até o trabalho todos os dias, dirigindo e passando calor. Graças à Deus a
empresa onde trabalho foi muito compreensiva e percebeu minhas limitações a
partir do quinto mês de gravidez.
Nem tudo são maravilhas numa gestação gemelar. A gente fica
muito incomodada ao sentar, ao dormir, ao caminhar, levanta muitas vezes pra ir
ao banheiro, não consegue sentar direito em uma cadeira nos restaurantes, fica
difícil de dirigir, e tudo ocorre muito antes do que nas gestações normais.
Ninguém fala pra gente o quanto dói o inchaço nos pés e pernas, o quanto é
difícil dormir com o barrigão de lado, o quanto temos que nos resignar para que
tudo corra como o esperado. Talvez porque todas as mães que passaram por isso,
esqueçam rapidamente essa parte mais complicada, no instante em que têm o filho
nos braços.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
E Apareceu o barrigão
Olá meus queridos e queridas que estão acompanhado a minha
jornada rumo à maternidade de dois bebês.
Esse último mês foi bastante badalado na minha vida, muitas
transformações, e rápidas transformações!
Estou agora com 17 semanas de gravidez, graças a Deus
correndo tudo muito bem, os babies se desenvolvendo direitinho aqui dentro da
barriga, ou melhor, agora já é um senhor barrigão.
Na última semana, parece que houve realmente uma mudança
maior: as crianças dobraram de tamanho, e aí o espaço para elas se
desenvolverem também precisou aumentar consideravelmente.
Eu consegui manter um ritmo bom de ganho de peso, até agora
apenas 4,5 kg, o que minha obstetra considera muito bom para os 4 meses e pouco
de gravidez.
A novidade é que no dia 10 de outubro, me casei efetivamente
com o pai dos meus filhos, o Leandro Lima, numa cerimônia simples, para poucas
pessoas, mas cheia de afeto e de amigos queridos.
Estamos curtindo muito este momento, fazendo mil planos,
organizando a vida para a chegada dos dois pimpolhos, que já são amados por
todos à nossa volta.
Fiz duas ecografias nesse meio tempo, mas não conseguimos
descobrir o sexo deles. A doutora nos deu 80% de certeza de serem um casal, mas
nós estamos esperando o 100% para começarmos a comprar o enxoval, pois hoje em
dia é muito difícil encontrar roupinhas em padrão unissex.
A cada eco e a cada consulta, quando pudemos ouvir os
coraçõezinhos batendo animados, é uma alegria que se renova, é muita emoção.
Por enquanto, o Leandro tem acompanhado as consultas e
exames, e ele tem me ajudado muito mesmo, no dia a dia, que está se tornando
cada vez mais cansativo.
Durante os quatro meses que passaram, tive muitos problemas
de tonturas e náuseas na parte da manhã e a presença do meu marido foi
fundamental pra me ajudar com isso.
Café na cama todo dia, o cuidado com as tarefas domésticas,
muito carinho e compreensão foram fundamentais pra que eu pudesse me sentir
melhor em meio ao turbilhão de desconfortos naturais dessa fase.
A vida sexual aos poucos voltando ao normal também colabora
para que a cumplicidade entre o casal se fortaleça, e creio que esta parte é
importantíssima de ser bem cuidada também, por ambos.
Agora estou começando a sentir bastante desconforto nas
costas e na região pélvica, além de começarem os inchaços nas pernas nos dias
mais quentes. Para amenizar, tenho mantido a rotina de drenagem linfática duas
vezes por semana e nesta semana iniciarei na hidroginástica também.
Quanto à alimentação, nada de frituras e comidas gordurosas.
Tenho abusado dos legumes cozidos, muita saladinha verde, carboidrato na medida
certa, sucos e água. Um complexo vitamínico me foi indicado pela médica também,
e continuo com o ácido fólico.
Daqui a três semanas faremos uma nova ecografia e aí espero
que os pititinhos nos mostrem o sexo, pois o que mais desejamos é poder conversar
com eles chamando-os pelos nomes, que estamos pensando e escolhendo com tanto
carinho.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Duplinha a caminho, um casal
Meu Deus, como tudo isso passa rápido! Já estou na 21ª
semana de gravidez, a barriga cada vez maior, a emoção cada vez mais à flor da
pele, tudo fluindo de maneira natural e especial.
Agora já sabemos que temos um lindo e abençoado casalzinho a
caminho: a Cássia e o Isaac.
A notícia do sexo dos bebês foi recebida com muita emoção,
agora nossa família está mais do que completa, não vejo a hora de segurá-los no
colo, encher de beijinhos e afofar muito, meus filhos, amados desde sempre.
Logo depois da ecografia, comecei a comprar roupinhas e
acessórios pros dois. Estou sendo bastante econômica, optei por adquirir alguns
produtos de segunda mão, tipo carrinho, bebê conforto, essas coisas maiores,
pois realmente para duas crianças, o orçamento seria muito elevado e creio que
o momento não é de esbanjar nem ostentar, mas sim de focar no que realmente é
importante.
Comprei dois carrinhos separados, pois penso que um daqueles
duplos iria ser mais difícil de manusear.
Estou me preparando a cada dia para a imensa mudança que vai
haver em minha vida a partir do momento do nascimento dos meus filhos. Sei que
tudo parece glamour, mas não é.
Tenho tido problemas de prisão de ventre, muita dor na
região pélvica, mas pelo que minha médica disse, tudo normal para o meu tipo de
gravidez.
Fui fazer as provas do ENEM esses dias e fiquei três horas e
trinta minutos sentada no primeiro dia, e, no segundo, quatro horas e meia, e
simplesmente foi um show de horrores, pois a cadeira não era nada confortável,
embora os fiscais tenham se empenhado em conseguir uma um pouco melhor pra mim.
Não foi nada fácil.
Mas enfim, quero destacar um fato que aconteceu há algumas
semanas na Unisinos, onde estudo, atualmente cursando duas cadeiras somente.
Cheguei à aula de segunda-feira e o elevador que leva até o
quarto andar do Centro 3 estava estragado. Fui até o posto de atendimento e
solicitei o conserto, então avisei meus colegas que estava aguardando o
trabalho ser feito para que pudesse subir.
Prontamente, a professora e os colegas decidiram por
descerem para uma sala no térreo, para que eu pudesse acompanhar a aula. Achei
lindo o gesto, fez muita diferença pra mim saber que existe gente solidária e
que se importa com os outros. Meu muito obrigada aos meus colegas da disciplina
de Narrativas Transmidiáticas e à professora Marlise Brenol, que se empenhou em
conseguir uma sala emprestada.
Então, amigos, por hora é isso, sigo firme na labuta, sei
que não vai ser muito fácil atravessar o verão quente do nosso Rio Grande do
Sul, mas sei também que vou ser forte, como sempre fui, agora mais do que
nunca.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Três Corações
Hoje vim compartilhar com vocês as experiências sobre a
minha espera pelos dois presentes que Deus me enviou: meus filhos gêmeos.
A história começa aos
39 anos, quando fui diagnosticada incapaz de dar à luz pelos métodos
tradicionais. Apenas uma fertilização in vitro poderia me proporcionar a
realização deste sonho, que já me acompanha há tantos anos. Desde o instante em
que descobri que a fertilização havia se concretizado e que a gravidez era
minha nova realidade, passei a ter cuidados espontâneos e isso começou a ser
transferido para todas as minhas atividades.
Agora me encontro com 3 meses de gravidez.
Já se passaram 90 dias de muita expectativa,angústia e até
mesmo medo. Creio que todas as mulheres que já tiveram a experiência da
maternidade vão concordar comigo: a ansiedade toma conta da gente no dia da
primeira ecografia e, lógico, sucessivamente a cada mês. Durante esses três
meses, as transformações foram acontecendo, alguns desconfortos matinais que
sabemos que são normais, mas as coisas vão se organizando naturalmente, tanto
dentro de você quanto ao seu redor.
Estou com uma barriga
considerável, as roupas não servem mais. Apesar disso, em três meses consegui
manter o peso com pouca alteração, e meus bebês estão lindos e saudáveis dentro
de mim. A fome é algo inacreditável, parece que a gente nunca está satisfeita.
Tento substituir as comilanças por frutas; descobri algumas de que nem sabia
que gostava.
A ecografia me deu a
certeza de que tudo está bem e que é preciso manter o pré-natal com regularidade.
Ainda continuo com cuidados especiais, que irão até a 14ª semana, conforme
orientação da minha médica, Dra. Simone Menegussi. E, falando nela, deixo um
conselho a vocês que estão na luta pelo sonho de ser mãe: Não esperem muito
para buscar as respostas suficientes para seus possíveis problemas! Passei anos
como paciente de uma médica que achava ser a melhor do mundo. Era querida,
simpática, amável e relapsa. Anos tentando engravidar e o problema estava ali,
só esperando orientação para uma histerosalpingografia seguida de uma cirurgia
videolaparoscópia para ser descoberto.
A displicência daquela profissional me fez chegar aos 39
anos sem qualquer perspectiva. Por isso lhes aconselho a procurarem outras
opiniões, outras possibilidades, a não se contentarem com uma única. A Dra.
Simone me abriu os olhos e me deu alternativas e, às vezes, é só disso que
precisamos para dar passos mais largos rumo às nossas realizações.
Sentir os dois coraçõezinhos batendo forte dentro do meu
ventre foi o presente mais precioso, que me proporcionou uma imensurável
sensação de paz e amor de um jeito que nunca havia sentido. No mês que vem acho
que já saberemos os sexos dos nossos babies e aí começa a busca por nomes,
enxoval, acessórios... Mas aí, já é uma outra história, que vocês vão poder
acompanhar junto comigo.
Enfim, somos três corações.
Até!
Assinar:
Postagens (Atom)