Hoje vim compartilhar com vocês as experiências sobre a
minha espera pelos dois presentes que Deus me enviou: meus filhos gêmeos.
A história começa aos
39 anos, quando fui diagnosticada incapaz de dar à luz pelos métodos
tradicionais. Apenas uma fertilização in vitro poderia me proporcionar a
realização deste sonho, que já me acompanha há tantos anos. Desde o instante em
que descobri que a fertilização havia se concretizado e que a gravidez era
minha nova realidade, passei a ter cuidados espontâneos e isso começou a ser
transferido para todas as minhas atividades.
Agora me encontro com 3 meses de gravidez.
Já se passaram 90 dias de muita expectativa,angústia e até
mesmo medo. Creio que todas as mulheres que já tiveram a experiência da
maternidade vão concordar comigo: a ansiedade toma conta da gente no dia da
primeira ecografia e, lógico, sucessivamente a cada mês. Durante esses três
meses, as transformações foram acontecendo, alguns desconfortos matinais que
sabemos que são normais, mas as coisas vão se organizando naturalmente, tanto
dentro de você quanto ao seu redor.
Estou com uma barriga
considerável, as roupas não servem mais. Apesar disso, em três meses consegui
manter o peso com pouca alteração, e meus bebês estão lindos e saudáveis dentro
de mim. A fome é algo inacreditável, parece que a gente nunca está satisfeita.
Tento substituir as comilanças por frutas; descobri algumas de que nem sabia
que gostava.
A ecografia me deu a
certeza de que tudo está bem e que é preciso manter o pré-natal com regularidade.
Ainda continuo com cuidados especiais, que irão até a 14ª semana, conforme
orientação da minha médica, Dra. Simone Menegussi. E, falando nela, deixo um
conselho a vocês que estão na luta pelo sonho de ser mãe: Não esperem muito
para buscar as respostas suficientes para seus possíveis problemas! Passei anos
como paciente de uma médica que achava ser a melhor do mundo. Era querida,
simpática, amável e relapsa. Anos tentando engravidar e o problema estava ali,
só esperando orientação para uma histerosalpingografia seguida de uma cirurgia
videolaparoscópia para ser descoberto.
A displicência daquela profissional me fez chegar aos 39
anos sem qualquer perspectiva. Por isso lhes aconselho a procurarem outras
opiniões, outras possibilidades, a não se contentarem com uma única. A Dra.
Simone me abriu os olhos e me deu alternativas e, às vezes, é só disso que
precisamos para dar passos mais largos rumo às nossas realizações.
Sentir os dois coraçõezinhos batendo forte dentro do meu
ventre foi o presente mais precioso, que me proporcionou uma imensurável
sensação de paz e amor de um jeito que nunca havia sentido. No mês que vem acho
que já saberemos os sexos dos nossos babies e aí começa a busca por nomes,
enxoval, acessórios... Mas aí, já é uma outra história, que vocês vão poder
acompanhar junto comigo.
Enfim, somos três corações.
Até!